O presente artigo busca a compreensão do movimento psicodélico em Recife (PE) como agente de resistência à ditadura militar instaurada em 1964. Sendo assim, o entendimento do movimento em suas pautas políticas, e escolhas estéticas é de suma importância. Entretanto, busca-se também a reflexão acerca do ambiente cultural estabelecido na capital de Pernambuco. Nessa lógica, é necessário examinar como a formação cultural de uma cidade fez frente a um regime de exclusão e perseguição sistemática. A psicodelia recifense não se tratava de uma cópia do movimento hippie, mas sim uma nova forma de resistência política e comportamental ao regime militar.